sábado, 27 de junho de 2015

SOBRE A CONFIANÇA

Olá, colegas! Agradeço a todos que me felicitaram pelo meu aniversário. O dia foi muito especial mesmo. Conto como foi no final desse artigo. Antes, entretanto, quero falar sobre um tema para mim que é de vital importância para se ter uma boa vida: a capacidade de confiar nas pessoas. O tema veio à tona quando um anônimo perguntou como confiar em outras pessoas para ser sócio capitalista de pequenos empreendimentos. 

  A confiança é o insumo básico das relações humanas. Quanto mais confiamos, mais salubres são as relações sociais, quanto menos confiamos mais desgastantes são as interações com outros seres humanos. Muitos querem emigrar do Brasil para países com maior desenvolvimento humano. Um desejo natural e legítimo. Porém, o que será que atrai tanto na ideia de morar num país diferente? É bem possível que haja uma miríade de explicações, mas tenho quase certeza que  a habilidade de confiar mais nas pessoas é um dos principais fatores. Explico-me.

  Para se conviver em sociedade um mínimo de confiança nas outras pessoas é necessário. Se estou dirigindo numa auto-estrada, eu tenho a confiança de que um motorista de caminhão não irá jogar o seu veículo contra o meu. Se eu vou comer um sanduíche numa padaria, eu tenho a confiança mínima de que não irão colocar cianureto ao invés de queijo no meu quitute. Se um policial me para numa blitz de carro, eu tenho a confiança mínima de que não serei atingido por um tiro. Sem essa confiança mínima, dirigir numa estrada seria algo perigosíssimo e estressante, eu nunca mais comeria sanduíches fora de casa e se um policial me parasse eu provavelmente iria começar a rezar o pai nosso.

  A confiança pode se estender para vários aspectos da nossa vida, mais precisamente para qualquer relação que temos com outros indivíduos. Quanto mais a confiança é algo natural numa sociedade, menos estressante é a vida nela. “Soul, mas eu tenho medo quando sou parado numa blitz policial no meio da noite,  não confio 100% não” um leitor pode estar pensando. Exatamente, colega, e é por isso que a qualidade de sua vida é pior do que poderia ser. Veja, o arranjo atual da humanidade é delegar o uso da força para o Estado. Assim, policiais exercem uma função absurdamente central nos Estados Modernos que é ser o órgão encarregado de exercer o uso da força organizada. Esse é o pressuposto básico do Estado e de uma vida social minimamente estruturada. Se um policial, detentor dessa delegação, abusa da força a ele concedida pela sociedade como um todo, algo se quebra, um aspecto da confiança mínima necessária para se viver em sociedade se perde. Com isso, a nossa vida piora.

  Logo, em países mais desenvolvidos, onde a confiança de que não serei logrado ao comprar um carro, não sofrerei nenhuma violência ao andar de noite numa rua central, não sofrerei nenhum abuso de algum ente que exerce o poder de uso organizado da força, etc, etc, a vida pode transcorrer numa maneira muito mais tranquila. Isso com certeza atrai nós brasileiros que vivemos numa sociedade onde a confiança, infelizmente, é um insumo em escassez. É evidente que você pode ser logrado ao comprar um carro, sofrer algum tipo de violência andando de noite e de alguma maneira ser vítima de algum abuso de autoridade, mesmo vivendo na Alemanha ou Japão. Porém, é difícil negar que a probabilidade disso acontecer no Brasil é muitas vezes maior do que nos países citados.

  Indo da análise mais coletiva para uma análise mais individual, é evidente que a nossa vida pode ser melhor ou pior a depender do grau de confiança de nossas relações. Imagine uma relação de Pais e Filhos quando não há confiança mútua. Não muito boa, certo. Imagine uma relação entre homem e mulher quando não há confiança. Provavelmente será uma relação deteriorada e não feliz. Imagine amizades onde você não pode confiar nos seus amigos. Talvez nem possamos chamar de amizade, pois o vocábulo amigo em essência significa que confiamos numa outra pessoa. Logo, quando perdemos a habilidade de confiar mesmo em pessoas próximas, afastamos-nos e muito de uma vida plena e feliz.

  “Ok, Soul, vou dar a minha senha do cartão para os meus amigos e ser feliz!” um apressado leitor possa estar indo fazer. Colegas, nós precisamos ter a habilidade de confiar, mas precisamos também saber que outras pessoas podem trair nossa confiança, faz parte das relações humanas. Saber dosar a habilidade de confiar com a habilidade de se precaver sem perder a confiança nas pessoas é o caminho para uma vida mais plena.  Chegamos assim no tema mais central desse artigo que é a habilidade de confiar em outras pessoas quando se trata de dinheiro.

  Eu não lembro direito o nome do blog, mas acho que era “O Investidor Inglês”. Há três anos eu li um artigo desse blog onde ele abordava o conceito de "alavancagem"de tempo. O termo alavancagem possui uma definição técnica em finanças e obviamente ele no texto usava uma forma metafórica ao falar de alavancagem. A ideia dele era bem peculiar. Quando você se une a uma outra pessoa para realizar um negócio acontece algo muito interessante.  Se um negócio necessita 500k para funcionar e você tem apenas 250k, há três possibilidades: a) se endividar quase sempre junto a um banco, b) desistir do negócio ou c) encontrar outra pessoa disposta a colocar 250k no negócio. Ao se associar a uma outra pessoa, ao juntar o seu capital acumulado com o capital de outra pessoa, um negócio que seria inacessível para você agora é plenamente viável. Essa é a ideia básica na associação de pessoas. Sempre na minha família me disseram que os alemães eram muito bons nisso, na habilidade de associar diversos capitais acumulados e com base nisso fazer negócios que não seriam possíveis para pessoas isoladas.

   Porém, o que me chamou a atenção foi o conceito de “alavancagem” de tempo. Vejam colegas, os meus interesses são múltiplos, mas eu não tenho qualquer pretensão de viajar em aviões caros, ter carrões esportivos e ficar em hotéis de cinco mil dólares a diária. Para mim isso não trará qualquer acréscimo de felicidade, ao contrário, pela minha experiência quando mais “elitizada” a sua vida vai se tornando, mais as experiências com outros seres humanos vão se tornando piores.  Logo, como tempo para mim é o que tenho de mais importante, não estou disposto a trocar o meu tempo por coisas materiais além do limite necessário para uma boa vida.  Se outras pessoas estão dispostas (e atualmente no nosso mundo atual parece ser esse o novo evangelho), não tenho absolutamente nada contra, porém não é algo que me atrai e há anos cheguei a conclusão de que essa é uma busca sem sentido.

  Assim, se existir maneiras de otimizar o meu tempo na busca de recursos materiais mínimos para uma vida confortável e aprazível, com certeza eu estou disposto a tentar. Um dessas formas é confiar em outras pessoas em matéria de dinheiro. O artigo supracitado dizia que quando você possui sócios em que pode confiar, você ganha tempo na sua vida. Você utiliza o tempo dos outros em seu proveito. Como? Num determinado arranjo societário um dos sócios pode ficar operacional por alguns meses, e se tornar sócio “capitalista” em outros meses. Com isso, ganha-se tempo para se fazer o que desejar.

  “Soul, concordo plenamente. Gostaria disso também. Porém, como confiar em alguém em matéria de dinheiro, ainda mais no Brasil?”. Bom, esse é o tipo de pergunta que é difícil de ser respondia sem que a pessoa tenha certos modelos mentais. Para uma pessoa que já foi de alguma maneira prejudicada por alguma sociedade ou que desconfie de tudo e todos, qualquer coisa que eu escrever será automaticamente rejeitada de plano pelo sistema 1. Eu tenho pessoas muito próximas que possuem uma dificuldade imensa de confiar em outros humanos. O que eu percebo nessas situações é que as pessoas tem uma tendência muito grande de ficarem prostradas, serem infelizes e reclamarem muito da vida. É uma pena, pois a única forma de se evoluir nesse caso é ir contra algo extremamente arraigado nas personalidades desses indivíduos.  Assim, não há nada que eu possa falar ou escrever que seja bom o suficiente para pessoas com este estado mental. Entretanto, eu creio profundamente que quanto mais sabemos confiar mais chance nós temos de sermos satisfeitos em geral e de sucesso financeiro em eventuais negócios.

   Evidentemente, confiar numa outra pessoa, principalmente em matéria de dinheiro, não significa entregar-se de olhos fechados a qualquer tipo de negócio. Nisso, felizmente ou infelizmente, uma formação jurídica ajuda muito. Se não é possível eliminar 100% o risco de nos frustarmos, arrependermos e perdemos dinheiro, é sim factível eliminar alguns riscos e diminuir eventuais impactos de atos de deslealdade. Poderia fazer uma analogia com uma gestão de risco visando eliminar riscos muito grandes de um portfólio. Logo, conhecimento jurídico é fundamental. Se você não tem, procure alguém bom que tenha, nem que isso custe uma quantia razoável de dinheiro. 

 Entretanto, como essa parte é razoavelmente fácil para mim, eu procuro outros sinais. Um deles é como a pessoa lida com as diversas relações humanas, se age de forma ética ou não. Um requisito essencial para mim é ter controle emocional quando contrariado. Já escrevi diversas vezes, em diversos textos de variadas perspectivas, sobre a dificuldade no Brasil atual de se encontrar um espaço com diálogos inteligentes e cordiais. Eeste blog mesmo foi palco de mensagens completamente dissociadas da realidade e absurdamente ofensivas, tudo porque uma determinada ideia foi contrariada. Uma pessoa que não pode ser contrariada não é flexível e possui uma visão limitada de mundo, logo não serve, para os meus parâmetros obviamente outras pessoas podem pensar diferente, para ter laços financeiros. Veja, pessoas assim podem ser até colegas, e eu tenho alguns assim. Podem ser ótimas companhia para uma cerveja, uma sessão de surf ou uma ida à pizzaria. Podem até serem humanos com bons princípios éticos, mas em minha opinião não servem para se ter vínculos de dinheiro.

 Em qualquer empreitada financeira (tirantes questões como ética, sustentabilidade, etc), o objetivo primordial é sair de uma quantia X e aumentar esse valor por um multiplicador positivo e acima de 1. Ora, não há espaço para egos inflados aqui. Em matéria de finanças o que eu mais quero é que me mostrem que eu estou redondamente errado, mas com argumentos lógicos e objetivos é claro. Quanto mais você evolui em finanças,  e isso envolve reconhecer erros, menos chance de cometer erros, e mais probabilidade de atingir os objetivos financeiros. Não está a se falar em pena de morte, aborto, redução de maioridade penal, etc, temas onde outros sentimentos podem aflorar junto com a racionalidade. Quando a matéria é dinheiro, o objetivo primordial não é defender o seu ponto de vista sempre e a qualquer custo, mas sim procurar formas de potencializar os seus ganhos.

   Quando se forma algum tipo de união financeira com outra pessoa, o objetivo final não é ter razão, mas sim ganhar mais dinheiro. Logo, as pessoas devem suportar ter as suas ideias duramente criticadas e não se irritar com isso, mas pelo contrário ver que só assim melhores decisões são tomadas. Sendo assim, essas são características que procuro encontrar em pessoas com as quais eu possa travar relações financeiras.

   Sempre acertei? Não. No meu artigo sobre a minha história financeira Minha História Financeira, conto sobre a minha pequena experiência como organizador de raves. A pessoa com a qual me associei na primeira festa era um amigo. Não me preocupei com nada disso que eu escrevi até agora, também pudera eu tinha apenas 22 anos. O resultado foi que eu me decepcionei bastante, não só pelo fato de ter perdido dinheiro, mas principalmente com a reação “pós-desastre” do meu sócio. Dura lição da vida.

  Hoje em dia, tenho o privilégio de compartilhar laços financeiros com pessoas bacanas. Minha viagem tem vários objetivos, muitos mesmos, não é apenas ir a lugares e ver coisas diferentes. Um dos objetivos é como essas relações que possuo iriam transcorrer com a minha ausência, e se é possível ou não fazer o que eu faço de maneira remota no exterior. Ainda não me envolvi em nenhuma operação grande estando no exterior, apesar de já terem ocorrido tentativas, mas no tocante as operações em andamento não tenho nada do que me queixar. Uma das pessoas é amigo de faculdade, pessoa de caráter muito firme que se tornou um advogado de primeira linha. Pensei que poderia ter problemas, pois sou eu que costumo fazer algumas coisas operacionais, mas “so far so good”, ele tem desempenhando com extrema competência. 

  O outro colega eu conheço há alguns anos apenas. Sujeito extremamente simpático, gentil e inteligente. Totalmente ético nas suas relações. Ele ainda possui uma característica muito boa de caráter que é a capacidade de sentir gratidão. Disse-me certa vez que era muito grato por eu estar dividindo a minha experiência de imóveis com ele, o que não deixa de ser verdade. Ele por seu turno realiza inúmeras pesquisas de pronto, faz tudo para ontem, e quando eu penso em começar a analisar uma oportunidade ele já me mandou uma tabela com vários cenários e com a TIR projetada. Ou seja, muito bom mesmo. Nós dois nos beneficiamos, e é assim que uma relação financeira deve ser. Aliás, semana sim, semana não, recebo oportunidades possíveis com tudo mastigado, só preciso às vezes dar algumas orientações de pesquisas e esclarecer alguns detalhes jurídicos. Confio nessas duas pessoas. Posso me desiludir? Claro que posso. Posso me prejudicar financeiramente? Claro que posso. Posso ser levado à bancarrota? Não, não posso, e isso faz parte do processo de se precaver minimamente e não se colocar em situações onde o risco de se confiar em alguém pode ser imenso. Porém, no final é preciso confiar, mesmo correndo-se o risco de se prejudicar. Apenas com confiança posso me juntar a pessoas com habilidades diferentes das minhas, “alavancar” o meu tempo e conseguir ficar mais perto dos meus objetivos financeiros. Além do mais, para mim é uma sensação muito bacana ver outras pessoas prosperando comigo. 

  Era isso que eu tinha para falar sobre confiança. Agora conto um pouco sobre o meu aniversário de 35 anos. Bom, foi muito especial mesmo. Aliás, tantos dias especiais nessa viagem que eu nem acredito que estou tendo o privilégio de vivenciar tudo isso. No facebook já contei alguns dos inúmeros dias incríveis. No blog, contei apenas um que foi este artigo O Nascer do Sol, As Estrelas e A Lágrima

   Acordei no dia meu aniversário com uma bela homenagem da Sra. Soulsurfer, palavras muito bonitas mesmo. Decidimos ir de manhã, já que surfaria apenas de tarde, ao famoso bar Cloud9. Esse bar localiza-se no meio do mar numa área protegida por uma barreira de corais. O dia estava ensolarado e a cor da água ao redor estava absurdamente bela. Fizeram companhia um casal de americanos que conhecemos uns dias antes, e um simpático casal de franceses. O americano chamava-se Nick (não dá nem para acreditar,  os leitores mais atentos lembrarão do americano, que já se tornou um grande amigo, que encontrei diversas vezes chamava-se Nick). Ele  é  Dive Master e está em Fiji para mergulhar. A mulher chamava-se Jesse. Ambos moram na Califórnia, mas ela é de um dos Estados Centrais dos EUA. O Nick ofereceu estadia, e ele mora numa das praias mais badalas da Califa, e ainda disse se eu visitá-lo que deixa eu dirigir o seu Camaro. Próxima vez na Califórnia será com estilo:) Numa conversa em um jantar, ela me perguntou sobre as penas criminais no Brasil. Quando disse que no Brasil não tinha pena de morte, ela não acreditou. Quando eu disse que só se pode ficar preso 30 anos no Brasil, ela quase caiu para trás. Como não quis polemizar muito, resolvi mudar de assunto e perguntei sobre o OBAMACARE, e mais polêmicas afloraram.  O ponto alto da noite foi quando ela me perguntou se no Brasil a gente falava francês. Espanhol todo dia eu ouço, mas francês foi a primeira vez. Enfim, foi uma janta interessante. Assim, partimos nós seis para o badalado bar.

Minha casa por 10 dias (ainda tenho mais alguns).

  Chegando lá, fiquei impressionado com a beleza do estabelecimento, com a escolha musical e com a qualidade da pizza. Sim, eles fazem pizza de forno a lenha num bar no meio do oceano. Deliciosa a pizza, a melhor pizza no estrangeiro que eu já comi disparado. O preço era uma pechincha: 9 dólares americanos. Uau. Foi simplesmente irado comemorar o meu aniversário num local tão único, comendo uma pizza gostosa com uma cerveja gelada cercado por um azul tão forte que doía os olhos.


Cloud9. O Bar mais irado que eu já fui!
Inacreditável como a pizza é gostosa. Comer uma pizza deliciosa de 9 dólares no meio do mar tomando uma cerveja gelada com a sua companheira de viagem do lado no dia do seu aniversário não tem preço....
Soulsurfer e companheira relaxando nas confortáveis espreguiçadeiras
O bar era extremamente confortável e decorado na medida certa.

  Depois de voltar do bar, era hora de ir para o surf. Estava ventando bastante, mas num lugar chamado Restaurants o vento era offshore (o que é bom). Foram quase uma hora dentro de um barquinho sacolejando que nem um saco de batatas até chegar no local. Ao avistar as ondas, vi uma série de 4 a 5 pés entrando pesada na bancada e apenas um cara sentando no line up. Falei comigo mesmo apenas “Caraio!”. Caio na água e vejo o único surfista que estava no mar colocar para dentro de um tubo, mas o mesmo fechou. Ele voltou remando com o wetsuit rasgado e sangrando no braço e apenas falou para mim, a bancada mais ali atrás está bem rasa. Eu estava sem wetsuit, e apenas pensei “eita, é hoje que vou ganhar uma cicatriz de coral”. Minha previsão ainda bem não se concretizou, e foram três horas inesquecíveis de surf na perigosa e perfeita onda de Restaurants. Meu desempenho não foi excepcional, afinal não estou acostumado com reef breaks e além de tudo não sou um surfista muito bom, mas foi demais para mim surfar aquela onda, demais mesmo.

 Soulsurfer "into the barrel!" - não sai infelizmente...
Bancadinha rasa (foto cloudbreak). Em restaurants, era metade mais raso do que isso, era absurdamente raso...


  De volta ao surf resort, presenciei mais um sunset maravilhoso. De noite o  staff  do local resolveu me homenagear. Colocaram apenas uma grande mesa para a janta e os 10 hóspedes sentaram todos juntos. Ao final, apagaram as luzes, trouxeram um bolo e cantaram parabéns para você em Inglês e em Fijiano. Muito bacana mesmo. Foi um dia muito especial, como era meu aniversário ficou ainda mais fabuloso. Com toda certeza lembrarei para sempre do meu aniversário de 35 anos.

Esses Sunsets em dia de aniversário...

  É isso colegas, espero que tenham gostado. Grande abraço a todos!

18 comentários:

  1. Eu sofro de falta de confiança de todos menos família.

    Família eu confio e ajudo quando posso. Agora fora do meu ninho da família não dou muita confiança pois o Brasileiro é uma dsas piores raças do mundo.

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    1. Entendo. Essa é uma das razões de termos relações sociais desgastadas no nosso país, a completa falta de confiança de uns nos outros.

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  2. Estou pensando em colocar 2% do meu patrimônio total em uma clínica odontológica,sou dentista,para terceiros gerenciarem sob minha supervisão administrativa não muito intensa.Vou fazer um modelo de 15/20% do faturamento, para não entrar em pequenos detalhes de despesas etc.
    Ou seja colocarei 100% do capital e terei de 15 a 20% do faturamento bruto , fazendo um contrato de permanência 5 anos no mínimo do dentista - gestor, caso saia antes, multa.
    Quais considerações vc poderia fazer para clarear mais as idéias...abs
    Leo

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    1. Primeiramente, se com 2% do seu patrimônio você irá cobrir 100% dos custos do empreendimento de uma clínica com mais de um dentista, e com isso retirar 15% do faturamento e de alguma maneira isso ser relevante financeiramente, significa que há muito você obteve a IF.

      Se já está nessa posição, vá em frente. Antes de mais nada consulte-se com um bom advogado para ele esclarecer melhor a legalidade ou não dessa cláusula de permanência de cinco anos.

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    2. Bem , minha situação é a seguinte. A renda do meu trabalho propriamente dito é capaz de cobrir 3 x o meu gasto mensal(sou econômico, sem ser pão duro) e consegui formar um patrimônio total de 5M. Não quero trabalhar na nova clinica e tenho um imóvel próprio , muito bem localizado para atender 'a clínica.
      Hj tbm viajo bastante, trabalho cerca de 25 horas por semana ficando uma semana por mês livre , mas o mercado está concorrido e o dinheiro curto para a população.
      Mas em clínicas parecidas 15% , faturamento daria entre 5 e 7 mil por mês , por isso estou analisando.Tentei ser o mais detalhado possível sobre minha situação para ver sua opinião ,alguém que veja o que eu não vejo. abs

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    3. Entendi. A sua taxa de poupança é de 70% só da renda do trabalho.
      Você tem 5M em ativos.
      Investira 100k para ter um retorno anual bruto (sem tirar as despesas, e eventual pagamento de imposto) de 9 a 12k por ano.
      Você não é o primeiro milionário anônimo a me pedir conselhos. Sinto-me lisonjeado.

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    4. RSS , Na verdade foquei muto no trabalho e agora começo a focar nos investimentos passivos.
      Mas seria de 60 a 85K por ano,seriam correspondentes aos 15%, colocando 100K , seria isso. Jamais saberia descrever sobre investimentos como vc, tenho 43 anos e quero aprender mais e focar mais em qualidade de vida daqui por diante.abs e obrigado

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    5. Soul, vc não é um problemático que precisa se exibir, nem é um fujão. Além disso seus textos são informativos e valiosos, por isso muita gente quer trocar ideias com vc.

      Continue com artigos maneiros e fotos iradas, pois a riqueza da praia ninguém te leva, governo nenhum.

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  3. Excepcional esse trecho, também percebi o mesmo:

    Uma pessoa que não pode ser contrariada não é flexível e possui uma visão limitada de mundo, logo não serve, para os meus parâmetros obviamente outras pessoas podem pensar diferente, para ter laços financeiros. Veja, pessoas assim podem ser até colegas, e eu tenho alguns assim. Podem ser ótimas companhia para uma cerveja, uma sessão de surf ou uma ida à pizzaria. Podem até serem humanos com bons princípios éticos, mas em minha opinião não servem para se ter vínculos de dinheiro.

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    1. Valeu pela visita, Land.
      Grato pelo comentário.
      Abs

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    2. Esse trecho ficou foda mesmo.
      Cara, como você leva uma vida tranquila, eu, nos meus 22 anos, tenho tanta coisa na cabeça, me sinto bastante pressionado por mim mesmo, perco tempo com bobeiras, estou tentando modificar minha cabeça a adotar uma postura mais simples. Sou o rei do drama especialmente em relacionamentos.

      Você tem uma postura bem humana Soul, o mundo precisa de mais pessoas como você kkkkkkkk.

      Abs

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    3. Johnny, tudo tem o seu tempo.
      Cada um deve buscar as melhores formas de como se relacionar com outras pessoas e como passar a nossa breve jornada nesse mundo.
      Se você está consciente de que possui fraquezas, isso já é um grande passo.

      Abs

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  4. Soul, seu post é muito bacana, assim como os demais temas que ajudam a elevar o ser humano da raiva e da maluquice incentivadas pela mídia.

    No nosso caso, que somos investidores, é meio chato saber que, segundo a revista Exame, os dividendos pagos no Brasil são altos em relação à média mundial por um motivochato: há pelo menos 90 mil casos de "insider trading" anuais na Bovespa. Por causa disso as empresas brasileiras precisam oferecer dividendos gordos para atrair os investidores estrangeiros.

    Mas mesmo assim acredito que é possível mudar essa cultura de esperteza e malandragem. Vai demorar alguns anos, mas podemos melhorar muito.

    abs,

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  5. Olá, Soul. Pode comentar alguma coisa sobre o PRSV? Vale a pena aumentar a posição nele?

    Obrigado.

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    1. Olá, colega. No meu artigo sobre classificação dos FII, está o que eu penso sobre esse FII. Tenha em mente apenas que o mercado de escritório deve sofrer um pouco nos próximos anos. Por outro lado, a vacância costuma ser muito penalizada nos FII, algo que não encontra paralelo no mercado de imóveis físicos. Sendo assim, FII como o PRSV podem trazer retornos bons no médio prazo.

      Abraço

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  6. Soul, infelizmente, os governantes têm um histórico péssimo de credibilidade. Falcatruas, pedaladas regimentais, malandragens mil.

    Esse tipo de comportamento prejudica as boas relações do cidadão comum. Que se sente no dever de imitar a esperteza do andar de cima.

    Com o tempo, a transparência proporcionada pela web, as punições aos culpados podem atenuar essa falta de confiança mútua.

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    1. Olá, essa é uma questão complexa. Creio que governos refletem muito o comportamento das sociedades em que estão inseridos. Porém, é verdade que maus exemplos no andar de cima passam uma mensagem muito ruim para novas gerações, bem como para a população em geral.

      Abs

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